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MAIS UM DO SILVIO..


bom pessoal, pra quem não consegue entrar no blog do professor, fiz o imenso favor de dar um CTLR C e depois um CTLR V pra vcs verem.. o quadro que ele comentou na sala essa semana...

Abraços:

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Lomo DigitALL
13.3.08

A PERSISTÊNCIA DA MEMÓRIA 1931

Este quadro tão pequeno (24x33cm) é provavelmente a mais conhecida de todas as obras de Dali. A flacidez dos relógios dependurados e escorregando mostram uma preocupação humana, com o tempo e a memória. O próprio Dali está presente, na forma da cabeça adormecida que já apareceu em outros quadros. Segundo ele, a idéia do quadro ocorreu e como a paisagem já estava pronta, levou apenas 2 horas para realizá-lo. Quando Gala, voltou do cinema e viu o quadro, previu que quem visse este quadro jamais o esqueceria.No fim da década de 1920, Dalí foi expulso da academia por indisciplina e seguiu para Paris, onde travou contato mais profundo com integrantes do surrealismo, movimento artístico de vanguarda surgido na capital francesa poucos anos antes, em 1924, que abrangeu as artes plásticas, a literatura, o cinema e o teatro. O surrealismo prezava os sonhos, o subconsciente, a subjetividade, o ilogismo. Para os integrantes do movimento, a verdadeira arte não devia deixar-se dominar ou domar pela razão. Se antes Dalí tinha alguma resistência ou dúvida quanto a esse movimento, a partir de 1929 ele mergulhou de corpo e alma (e pincel) no mundo onírico do surrealismo.Dessa fase inicial surrealista de Dalí destaca-se uma de suas mais famosas telas, “A persistência da memória” (1931), que, aliás, se tornou uma das mais representativas obras do movimento. A pequena tela (24 x 33 cm) é dividida não simetricamente pela iluminação. Ao fundo, a provável paisagem de uma praia ao amanhecer contrasta com o primeiro plano, escuro e denso. Nesse plano, uma face pela metade, sem boca, repousa, como um animal, de olhos fechados, sobre o chão. De seu nariz, sai uma língua. Sobre ela, um relógio “mole”, como um “queijo camembert”, assim descreveu Dalí. Ao lado, há uma mesa, sobre a qual existem mais dois relógios: um fechado, coberto por formigas, que parecem devorá-lo, e outro igualmente mole, que escorre pela mesa. Há, ainda, sobre a mesa, um tronco de árvore. Num de seus dois galhos secos, outro relógio mole está pendurado, como uma roupa num varal.“A persistência da memória” é uma obra-síntese do surrealismo, pois reúne elementos próprios do movimento, como o rompimento com a razão, a liberação da imaginação, a estética onírica etc. Por isso, as teses dos sonhos e do subconsciente, entre outras, de Sigmund Freud eram muito bem recebidas pelos surrealistas. Dalí especialmente simpatizava com as teses freudianas. Aliás, o fascínio de Dalí pelas idéias de Freud fez que o artista visitasse o famoso pai da psicanálise em Londres, em 1938. Ecos freudianos podem ser observados em “A persistência da memória”. A tela parece dizer que, ao contrário do que se imagina, o tempo não é rígido, imutável. Em vez disso, ele é maleável, flexível, e, portanto, passado e presente – assim como sonho e realidade – coexistem, em pé de igualdade, na parte “não iluminada” das pessoas.Embora imbuída das idéias do surrealismo, a técnica de Dalí adquire contornos próprios e vai além da automação surrealista. Para o movimento, a escrita e a pintura deveriam ser “automáticas”, ou seja, deveriam sair num jorro e não poderiam passar pelo crivo da razão, que as corromperia ou deturparia. Desse modo, o fluxo imediato e não destilado estaria mais próximo do inconsciente, tão caro aos surrealistas e aos seus propósitos. Dalí, no entanto, aplicou à sua criação um método próprio, chamado por ele de “crítico-paranóico”. Esse método seria uma maneira distinta de perceber a realidade, na qual movimentos associativos e elementos oníricos teriam papéis fundamentais. Segundo suas palavras, seria “um método espontâneo de conhecimento irracional baseado na associação interpretativa crítica de fenômenos delirantes”.
fui...
creeeeeeeeeeu